Ciclofosfamida e função ovariana
Ciclofosfamida e Função Ovariana
Cyclophosphamide and Ovarian Function
Olívio Malheiro Brito(1), Maria Fernanda Brandão Resende Guimarães(1), Cristina Costa Duarte Lanna(2)
A ciclofosfamida é um agente citotóxico e imunossupressor que tem seu uso consagrado na nefrite lúpica, especialmente na classe IV (proliferativa difusa). Outras manifestações mais graves do lúpus eritematoso sistêmico (LES), como doença neuropsiquiátrica, também podem ser tratadas com essa mesma medicação. Pode ser administrada tanto por via oral quanto por via endovenosa intermitente. Náuseas, vômitos, alopécia, mielotoxicidade, cistite hemorrágica e carcinoma de bexiga, além de outras neoplasias, são citados na literatura como possíveis efeitos adversos. De todas as formas de toxicidade da ciclofosfamida, a insuficiência gonadal é uma das mais importantes e ambos os sexos podem ser afetados. Mulheres em idade fértil correspondem à maior parte das pacientes com LES, portanto a preservação da função ovariana é uma questão importante no que diz respeito aos riscos e benefícios da ciclofosfamida. Os autores apresentam nesta atualização sobre ciclofosfamida e função ovariana os principais artigos publicados de 2001 a 2007, envolvendo pacientes adultos e pediátricos. Chama-se a atenção para o fato de, entre os nove artigos selecionados, quatro serem de autores brasileiros.
Medeiros MMC, Silveira VAL, Menezes APT, Carvalho RC. Risk factors for ovarian failure in patients with systemic lupus erythematosus (Fatores de risco para falência ovariana em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico). Brazilian Journal of Medical and Biological Research 4:1561-1568, 2001. Hospital Universitário Walter Cândido, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil. Estudo retrospectivo brasileiro que teve como objetivo identificar os fatores de risco associados à falência ovariana em pacientes do sexo feminino com lúpus