cicloconversor
Cicloconversores são associações de rectificadores controlados de maneira que cada um dos rectificadores produza, sobre accarga, tensões com valores médios opostos, como ilustra a figura, para o caso de entradas trifásicas e saída monofásica.
Aplicação típica deste tipo de circuito é no accionamento de grandes motores CA (indução ou síncrono), na faixa de centenas ou milhares de kVA, em baixas velocidades, como ocorre em moínhos, por exemplo, para fabricação de cimento. Dada a alta potência requerida, não é possível utilizar transistores. Uma vez que a aplicação exige frequências baixas sobre a carga, torna-se possível utilizar tiristores com comutação natural. Outra aplicação é na alimentação ferroviária em 16 e 2/3 Hz, existente em alguns trechos de ferrovias europeias. Cicloconversores, com entrada em 50Hz, tem substituído os conversores rotativos anteriormente usados. Ainda no sector ferroviário, existem locomotivas diesel-eléctricas, cujo gerador (accionado pelo motor diesel) fornece uma tensão em 400Hz. Um cicloconversor reduz esta frequência para fazer o accionamento de motores de indução utilizados na tracção, com frequências até 50/60Hz. O transformador que acopla os barramentos CC serve para, nas comutações entre os semi-ciclos limitar a corrente que eventualmente circularia entre os rectificadores, por causa do atraso na comutação dos tiristores em função de se estar alimentando uma carga com característica indutiva. Dependendo da estratégia de comando dos conversores, ou do tipo de carga alimentada, este transformador pode não ser necessário, desde que se garanta que não ocorrerá condução simultânea dos conversores.
A figura mostra a forma de onda sobre a carga (resistiva) num cicloconversor com entrada e saída monofásicas. Observe que o ângulo de disparo vai se alterando de modo que a tensão média na carga acompanhe uma variação sinusoidal. Neste caso tem-se uma entrada em 50Hz e uma saída em 5 Hz.
A figura