ciclico
Quando falamos em velocidade, uma capacidade neuro-motora tão importante para a maioria dos esportes, devemos ter em mente que, principalmente dentro dos desportos coletivos, ela raramente se manifesta de forma simples, mas quase que em absoluto em sua forma complexa.
A velocidade para o treinamento de futebolistas foge ao conceito clássico que aprendemos quando iniciamos o curso de educação física na faculdade. De forma simplificada, entendíamos de acordo com a maioria dos autores que num trecho de 100 metros, numa prova individual em que a velocidade é exigida ao extremo, atletas de elite teriam a capacidade de acelerar até aproximadamente 30-40 metros, manterem o ritmo da velocidade até os 70-80 metros e desacelerar a partir dessa distancia.
Logicamente, se você está acostumado a observar partidas de futebol, mesmo sem análise cientifica alguma, jamais deve ter visto algum jogador executar um tiro de 100 metros e muito menos, de forma continua e em linha reta, 200 ou 300 metros. Isso serviria sim como método de treino aos velocistas do atletismo.
Mesmo que alguns profissionais que militam na preparação física no futebol dispensem a tendência mundial sobre especificidade do treinamento e ainda insistam em embasar seu conhecimento com as experiências realizadas com atletas dos esportes individuais e transferir isso para o futebol, não devemos concordar com essa confusão metodológica tão evidente.
A literatura e os resultados com a metodologia correta têm sido recompensadores para muitos profissionais, que aprenderam a treinar futebol com futebol e não com montanhas, rampas, escadarias, areia e tantas outras coisas que não fazem parte de nada