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Segundo Júlio César Zanluca, os princípios contábeis definem a alma da ciência da Contabilidade, no tocante ao entendimento predominante, tanto no âmbito científico quanto no profissional.Dentre os sete Princípios de Contabilidade, denominados assim por determinação da Resolução CFC1 1.282/2010, neste trabalho destaca-se o terceiro: da oportunidade.
O Princípio da Oportunidade diz respeito ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, ou seja, dispor de informações fieis à realidade e dentro do prazo estabelecido legalmente. Sobre o registro do patrimônio, este deve ser “imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram”, segundo o livro Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade, do Conselho Federal de Contabilidade.
Como resultado desse Princípio, tem-se que: desde que seja tecnicamente estimável, o registro patrimonial deve ser feito, ainda que na hipótese de que exista apenas certeza coerente de sua ocorrência; este registro abrange elementos quantitativos e qualitativos, considerando aspectos físicos e monetários; por fim, deve dar oportunidade de reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da entidade, num espaço temporal definido, sendo esta base necessária para o processo decisório da gestão.
Dessa forma, a falta de integridade e cumprimento de prazo na produção e divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância. Assim, é necessário avaliar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade dessa informação.
O Princípio da Oportunidade é um dos casos únicos, que não possui equivalentes, face à Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. Tal pilar, por fim, agrega valor ao instituir que o contabilista não deve ignorar o registro de fatos e atos que poderão afetar a situação patrimonial posteriormente.