Cicatrização
Sabiston – Tratado de Cirurgia 18ª ed.
Cicatrização de Feridas.
1) Lesão Tecidual e Resposta:
Reparo de feridas: É o esforço do tecido lesado para restaurar a função e a estrutura normal após o trauma. (barreira contra perda de líquidos e infecção e reestabelecer o fluxo sanguíneo, linfático e a morfologia tecidual). Muitas vezes esse reparo minucioso não ocorre devido urgência para o restabelecimento da função.
Regeneração: É a restauração perfeita da arquitetura do tecido preexistente na ausência de cicatriz, embora seja o principal objetivo no tratamento de feridas, ela só é encontrada no desenvolvimento embrionário e organismos inferiores, ou em determinados compartimentos de tecido como osso e fígado.
Na cicatrização de feridas em adultos, a regeneração é sacrificada pela velocidade de reparo. Todas as feridas passam pelas mesmas etapas básicas de reparo.
Obs.: Ferida Aguda: evoluem num processo ordenado e cronológico para atingir a restauração permanente da estrutura e função. Ferida Crônica: não evolui para restauração da integridade funcional, por persistir na fase inflamatória, não atingindo o fechamento.
Os tipos de fechamentos são:
a) Primário: Feridas são imediatamente seladas por sutura simples, enxerto de pele ou retalho, como ocorre numa ferida cirúrgica.
b) Secundário: Também chamado de fechamento espontâneo, não envolve nenhum procedimento ativo para fechar a ferida. Geralmente ocorre com feridas altamente contaminadas que irá fechar por reepitelização, o que resultará em contração.
c) Terciário: Também conhecido como fechamento primário retardado, pois primeiro trata-se a ferida contaminada com desbridamento repetido, antibióticos sistêmicos ou tópicos ou pressão negativa por vários dias, e após reavaliada, procede-se com a intervenção.
2) Fases da Cicatrização de Feridas: São três, iniciada pela fase inflamatória que é a resposta imediata a lesão (por isso chamado também de reativa)