cicatrizacao
A cicatrização é um processo biológico, químico e físico que se inicia após uma lesão tecidual, envolve a organização de células, sinais químicos e matriz extracelular, com o objetivo de reparar o tecido (CAVALCANTI NETO, et al., 2005). A disfunção do processo fisiológico de cicatrização tecidual ocorre devido a fatores locais, como corpos estranhos, maceração, isquemia, infecção; ou fatores sistêmicos, como a idade avançada, má nutrição, medicamentos ou diabetes mellitus (LAUREANO; RODRIGUES, 2011).
Broughton, Janis e Attinger, 2006, dividem a cura de feridas cutâneas em três fases: inflamação, proliferação e maturação. Essa separação é arbitrária, entretanto ajuda a entender a sequência de eventos que ocorrem na cura de feridas (BROUGHTON; JANIS; ATTINGER, 2006).
Fase Inflamatória
Durante a primeira fase, ocorre a hemostasia local, seguida de inflamação. A lesão tecidual ativa a cascata de coagulação, resultando na formação do coágulo sanguíneo. Ele servirá de arcabouço para as células em migração, atraídas em resposta a agentes inflamatórios - fatores de crescimento, quimiocinas e citocinas, liberados na área. Dentro de 24 horas, neutrófilos migram para o coágulo e liberam seus grânulos, ricos em enzimas proteolíticas, que removem os tecidos necróticos (PORTH; SAMMER, 2010). No período de 24-72 horas, os fibroblasto e as células endoteliais proliferam e formam o tecido de granulação. Entre 5-7 dias, o tecido de granulação preenche o espaço lesionado e a neovascularização atinge o seu ponto máximo (ABBAS, et al., 2010).
Fase de proliferação
A segunda fase da cicatrização caracteriza-se por fibroplasia, angiogênese e reepitelização. Na fibroplasia ocorrerão migração e proliferação de fibroblastos, associada à síntese de novos componentes da matriz extracelular, dirigindo-se as bordas livres da ferida (SINGER; CLARK, 1999). Os principais estimuladores desse processo são o EGF e o PDGF (BROUGHTON; JANIS; ATTINGER, 2006). O macrófago é uma