ciborgue

ROBOCOP RELACIONADO AO TEXTO ''NÓS, CIBORGUES''
Segundo Fátima Regis no livro Nós, Ciborgues, ''ciborgue'' significa produtos da imbricação entre humanos e autônomos, as misturas entre biológicos e artefatos mecânicos, membros naturais e componentes artificiais. Correlacionando o tema da autora com filme Robocop, dirigido por José
Padilha, pode-se perceber que a história cinematográfica reflete a vida de um homem que após sofrer um atentado de uma bomba, sofre ferimentos fatais e tem seu corpo reconstituído por membros mecânicos.
Um dos grandes questionamentos discutidos tanto no livro quanto no filme é exatamente sobre onde termina o humano e começa a tecnologia, uma vez que, há tempos, o uso de artefatos tecnológicos está cada vez mais inserido, de diversas formas, em nossas atividades, mesmo que as mais corriqueiras. No filme, tal questionamento se exemplifica por meio da vida do personagem principal que, ao se ver preso dentro de uma máquina e destinado a lutar contra o crime para defender seu pais , passa a não ter muitos limites entre o homem e a máquina, questionando a noção de "consciência artificial", a do robô, com todas as questões filosóficas e éticas envolvidas.
Outro questionamento importante da autora é sobre a cibercultura e suas consequências. Isso se deve porque o conceito de ciborgue passa não só a abranger o sentido de hibridismo de homem e metal mas também, o uso de medicamentos e instrumentos da eletrônica ou informática. Assim, qualquer pessoa que faz uso de um suplemento artificial ou que é imunizada de uma doença por exemplo, passa a ser chamado de ciborgue.
Deste modo, com o uso e avanço crescente da tecnologia, a época que o ser humano irá mecanizar partes do seu corpo não se encontra tão distante. Acredito que coisas como devolver a mobilidade do corpo a pessoas com deficiência por meio de membros mecânicos já é parte desse processo, mas a ideia de nos tornamos mais máquinas do que humanos ainda é uma fronteira