Chuva ácida

Chuva ácida é um fenômeno atmosférico causado em escala local ou regional, pela precipitação de chuva com Ph inferior a 4,5. Ela é resultante do lançamento de poluentes produzidos pelas atividades humanas, como a queima do carvão mineral e de outros combustíveis de origem fóssil. Os automóveis movidos à diesel ou à gasolina são grandes contribuidores para a ocorrência desse problema. A chuva ácida ocorre quando existe na atmosfera um número muito grande de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), que são produtos da poluição do ar. Quando em contato com o hidrogênio em forma de vapor, essas substâncias formam ácidos, como o ácido nítrico (HNO3), ou o ácido sulfúrico (H2SO4), que têm propriedades corrosivas. O fenômeno acontece quando o vapor e os ácidos se precipitam, tanto na forma de neve, chuva ou neblina.
Este problema tem se acentuado nos países industrializados, principalmente nos que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México e Índia. Mas em virtude da ação das correntes atmosféricas, também pode ser desencadeado em locais distantes de onde os poluentes foram emitidos, como áreas rurais, por exemplo. Acredita-se que a chuva ácida seja um fenômeno que surgiu na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, que ocorreu no século XVIII, devido ao surgimento de fábricas que utilizavam máquinas a vapor movidas a carvão mineral para produzir energia, fazendo com que o ar fosse contaminado pelos produtos da combustão. Entre os transtornos gerados pela chuva ácida estão a destruição de lavouras e de florestas, desequilíbrio da fauna e flora de determinadas regiões, exposição do solo à erosão, alteração do equilíbrio ecológico dos rios e lagos (que se tornam acidificados, matando espécies e desequilibrando completamente o ecossistema aquático) e a corrosão dos metais, pinturas, veículos, edifícios e monumentos históricos dos grandes centros poluidores. Além disso, a saúde das pessoas também pode ser afetada.