Chuva ácida
A chuva ácida é um tipo de poluição atmosférica que se deve a combinação do vapor de água com diferentes óxidos presentes na atmosfera. Esta combinação forma ácidos que caem na terra sob diferentes tipos de precipitação. Este processo dá-se de forma natural quando o dióxido de carbono se combina com o vapor de água. O problema surge quando os óxidos que se encontram na atmosfera são óxidos de azoto ou de enxofre, que provêm da queima de combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo. Tal sucede principalmente se o carvão é de má qualidade, contendo compostos de azoto e de enxofre. Formam-se então ácidos fortes como o ácido sulfúrico e o ácido nítrico, que tem graves efeitos poluentes.
A denominação chuva ácida se refere a uma série de fenômenos que dão como produto uma precipitação ácida. É preciso salientar, entretanto, que a chuva natural, ou seja, não poluída, é, em si, um pouco ácida, devido à presença do gás carbônico natural que, ao se dissolver na umidade atmosférica, gera o ácido carbônico.
Origem do fenômeno chuva ácida:
O termo chuva ácida foi cunhado por um químico, Robert Angus Smith, quando descrevia a poluição em Manchester, Inglaterra, há mais de um século. Entretanto, a nível mundial, a percepção da acidez da chuva só ocorreu a partir da década de 1950, quando diversos ecossistemas (lagos e florestas, principalmente) já estavam seriamente comprometidos. Esta percepção tardia deve-se ao fato de que os ambientes naturais possuem um longo tempo de resposta a agressões como a acidificação. A água e o solo possuem a capacidade de neutralizar adições de ácidos e bases, e só depois de esgotada esta capacidade é que o pH destes ambientes sofre mudanças bruscas e acentuadas.
O ácido carbônico é um ácido fraco que se ioniza parcialmente, portanto a água da chuva natural possui um pH ligeiramente ácido chegando a 5,6. Desta forma as chuvas ácidas são aquelas cujo pH é acentuadamente inferior a este valor (pH < 5).
Os dois ácidos