chuva de novembro
Projota
Sozinho posso te ver melhor quando se vai o Sol
Procuro o fio do seu cabelo no lençol
Baixei aquele filme que cê disse que era bom,
E vi que nada é tão bom quando cê não tá aqui
Um dia sem você é triste, uma semana é maldade
Um mês não existe, dou meus pulos, atravesso a cidade
Junto dinheiro pra financiar a viagem
Uma bolacha, um salgadinho, dois refri e a passagem
Já era, já fui, me espera, amor
Vou atrasar mais dez minutos, parar pra te comprar uma flor
E tô pronto, na melhor roupa que eu tenho
Uma rosa na mão esquerda, na outra mão um cartão com desenho
Correndo pra rodoviária, o ''buso'' sai às 9
Desculpa o cartão molhado, é quem em novembro sempre chove à tarde
E hoje a chuva tá bolada, já me sentei, fiz minha oração
Se Deus quiser nem pega nada, vai!
Se Deus quiser nem pega nada, vai!
Tô chegando tá
Tô chegando, amor
Tô indo, sentado, vendo as montanhas,
Lembrando que quanto mais você me perde, mais vezes você me ganha
E aquela briga ontem foi foda, eu não queria te dizer
Que eu não queria ter você
Mas eu queria que você soubesse que eu me importo
E que eu sinto que essa chuva é o reflexo do estado do meu corpo
E foi pensando nisso que me joguei pra cá
Pra ver se quando eu te encontrar eu faço essa chuva parar
Será que isso é possível
Eu, sonhador demais, na intranha dor demais e essa estranha dor é mais do que saudade
É como uma necessidade
De poder ter a certeza de que não era verdade
O que você disse por telefone
Que tava na hora de eu te provar que podia ser seu homem
Que o menino que nem pode sustentar um lar
Nunca seria bom o suficiente pra tu casar
Foi pensando nisso que eu entrei nesse busão,
Mas, talvez eu seja só um menino com uma rosa na mão
E eu te ligo no celular
Te avisando que eu tô indo e te pedindo pra ir lá pra me esperar
Mas você que nunca disse que me ama
Mais uma vez desliga sem dizer, se arruma e vai pra cama
Tudo bem, dorme bem amor, te amo!