CHOQUE SEPTICO
Paranaguá, 2014
Introdução
Apesar dos avanços médicos durante as últimas décadas, o choque séptico continua a ser um problema clínico atemorizante. O choque séptico é responsável por mais de 200.000 mortes anualmente nos Estados Unidos, além de ser a causa número um de mortalidade em unidades de terapia intensiva. A incidência é crescente, ironicamente, em parte devido ao melhor suporte de vida para pacientes em estado crítico, assim como ao aumento de procedimentos invasivos e ao número cada vez maior de pacientes imunocomprometidos (por quimioterapia, imunossupressão ou infecção por HIV). No choque séptico, a dilatação arterial e venosa sistêmicas leva a hipoperfusão tecidual, ainda que o débito cardíaco seja preservado ou até inicialmente aumentado. A diminuição do tônus vascular está associada à ativação celular endotelial disseminada, muitas vezes deflagrando um estado hipercoagulável que se manifesta como coagulação intravascular disseminada. Além disso, o choque séptico está associado a perturbações do metabolismo que suprimem diretamente as funções celular e tecidual. O efeito líquido dessas anormalidades é hipoperfusão e disfunção de múltiplos órgãos.
Notavelmente, macrófagos, neutrófilos, células dendríticas, células dendríticas, células endoteliais, assim como componentes solúveis do sistema imune inato (complemento) reconhecem e são ativados por várias substâncias derivadas de microorganismos. Depois de ativadas essas células e os fatores solúveisiniciam uma série de respostas inflamatórias que interagem de maneira complexa, não de toda conhecida, para produzir o choque séptico. Como exceção, uma disseminação semelhante de uma resposta inflamatória- a chamada síndrome da resposta inflamatória sistêmica- também pode ser deflagrada na ausência de qualquer infecção de base aparente; as causas incluem trauma ou queimaduras extensas, pancreatite e isquemia difusa.
Definição do Choque Séptico
É definido