Choque cardiogenico
O choque é em essência uma história de sobrevivência, uma luta do organismo em um meio adverso para preservar a vida de seus tecidos mais vitais. É uma história de ataque e defesa, de ganho e perda, de um caleidoscópio de manobras defensivas para preservar os órgãos mais vitais. Como tal ela é estudada em virtualmente todas as disciplinas clínicas e para seu tratamento é necessário compreensão da dinâmica circulatória e da fisiologia celular.
O termo choque foi aplicado por mais de dois séculos a muitas condições em que os ferimentos iniciais pareciam desproporcionalmente e misteriosamente pequenos quanto comparados com o colapso imediato ou gradual dos processos vitais. O termo choque foi usado pela primeira vez na língua inglesa, com sentido medico, em 1743 em uma tradução da segunda edição francesa do livro de Henri François Le Dran "Um tratado e reflexões provenientes da experiência por ferimento por arma de fogo".O tradutor usou a palavra para transmitir a impressão de uma pancada ou um golpe seguido por deterioração progressiva, perda de consciência e morte. Para John Collins Warren (1842-1927), o choque era "uma pausa momentânea no ato da morte". Este conceito compreende muito do que atualmente é aceito, particularmente a noção de que o choque não é uma entidade por si própria mas, na realidade, uma resposta adaptativa aos ferimentos que ameaçam a vida, provenientes de origens variadas, e caracterizados por lesão permanente ou temporária às funções vitais dos órgãos.
O choque pode ser classificado por etiologia e pode ser descrito como (1) choque hipovolêmico, (2) choque cardiogênico ou (3) choque distributivo ou vasogênico.
O presente trabalho tem como objetivo proporcionar ao acadêmico de enfermagem um total aprendizado sobre o choque cardiogênico promovendo uma abordagem detalhada do assunto desde o seu conceito até o seu tratamento, mostrando o papel da enfermeira numa melhor assistência de qualidade ao