Choque cardiogênico
Knobel E Estado da Arte Choque cardiogênico
Choque Cardiogênico
Elias Knobel
São Paulo, SP
Apesar dos grandes avanços observados nas últimas duas décadas no tratamento das doenças cardíacas, incluindo a terapêutica trombolítica, o desenvolvimento de vários métodos de suporte circulatório artificial, parcial ou total, e do transplante cardíaco, o choque cardiogênico continua sendo uma condição com elevados níveis de mortalidade, que variam de 30 a 90% 1. Dados do Shock Trial Registry, recentemente divulgados, e que reuniu 1380 pacientes admitidos na fase aguda do infarto agudo do miocárdio (IAM), em 36 centros ao redor do mundo, mostraram uma mortalidade de 63% na fase hospitalar 2. Esta complexa síndrome clínica pode ter múltiplas causas, ser de instalação aguda ou ser a expressão final da evolução de quadro de disfunção ventricular crônica. Recentemente, observa-se um aumento no número de pacientes com disfunção ventricular, diretamente relacionado com o aumento da média da idade da população, e da introdução dessas novas terapias, como uso da trombólise no IAM, dos inibidores da enzima de conversão e dos beta-bloqueadores para os pacientes com insuficiência cardíaca (IC), por exemplo 3-5.
monitorização hemodinâmica invasiva, o diagnóstico é feito quando são encontradas as seguintes alterações 4 (parâmetros cujos valores têm certa variabilidade na literatura médica): PAS 18mmHg; índice cardíaco 2000 dina/s/cm 5/m 2; aumento da diferença arteriovenosa de O2 >5,5ml/dl.
Eilga tooi
Apesar de ser encontrado em diversas situações clínicas, como, depressão miocárdica devido à sepse ou pancreatite, ruptura de cordoalha ou válvula secundária a endocardite, miocardites, rejeição após transplante cardíaco, ruptura ou trombose de prótese valvar, arritmias ventriculares ou supraventriculares que produzam situação de baixo débito, a principal etiologia desta situação é a perda de músculo cardíaco pelo IAM. Na década de