Choque anafilatico

REFLEXÃO
Encontro-me a estagiar no serviço de Bloco Operatório na Casa de Saúde da Boavista, serviço no qual a possibilidade de ocorrerem situações de risco é elevada. Esta situação é uma realidade tendo em conta que todo o procedimento cirúrgico é em si delicado, abarcando por isso um grau de risco.
Nesta linha de pensamento, vejo-me com necessidade de refletir sobre o choque anafilático, situação esta que ocorreu há relativamente pouco tempo no serviço. Como descreve Salomone JÁ “O choque anafilático é a forma mais grave de reação de hipersensibilidade, desencadeada por diversos agentes como drogas, alimentos e contrastes radiológicos”. Neste caso, uma paciente com cerca de 30 anos de idade submetida pela primeira vez a uma intervenção cirúrgica, sendo esta uma artroscopia ao joelho, desenvolveu uma reação alérgica ao antibiótico usado (Cefazolina). Os sintomas desenvolvidos eram característicos deste tipo de episódio, rash cutâneo edema da glote. Perante esta situação a equipe multidisciplinar agiu de acordo com as normas estabelecidas, de forma a reverter esta situação. Tendo em conta que a paciente já se encontrava entubada, o que facilita o rápido aporte de oxigénio, a equipe necessitou somente de administrar drogas para reverter o quadro, sendo a adrenalina e os corticoides as de eleição.
Como estudante de enfermagem a estagiar neste serviço, esta situação despertou em mim muita curiosidade no que diz respeito a este quadro clinico. Senti que sendo esta uma situação extremamente delicada, é imprescindível uma rápida e consciente atuação da equipa multidisciplinar. No que diz respeito ao papel do enfermeiro, compreendi que para o desempenhar da melhor forma este tem que estar preparado tanto a nível do conhecimento como do controlo do stress. Esta situação fez-me pensar no que sentiria e a forma como agiria se eu fizesse parte daquela equipa. Acredito que o conhecimento académico necessário para intervir está adquirido, no entanto desconheço a minha reação