Che Guevara - O Sistema Bancário Crédito e o Socialismo
O SISTEMA BANCÁRIO CRÉDITO E O SOCIALISMO
Plano de fundo do texto
Che aponta suas contradições ao artigo do Presidente do Banco Nacional (Marcelo Fernández) e coloca sua posição sobre as funções do Banco Nacional, bem como o Sistema Orçamentário de Financiamento.
Marcelo Fernandez analisa em seu artigo a função do dinheiro.
Che parte do pensamento de Marx para analisar a função do dinheiro.
“...sua existência funcional absorve, por assim dizer, sua existência material. Não é mais que um reflexo objetivo dos preços de mercadorias, reflexo destinado a desaparecer e, funcionando como só funciona, como símbolo de si mesmo, é natural que possa ser substituído por outros símbolos. O que ocorre é que o símbolo do dinheiro exige uma validade social objetiva própria, e está validade é dada ao símbolo do papel-moeda, pela circulação obrigatória, imposta pelo Estado, só exerce dentro das fronteiras de uma comunidade, dentro de sua órbita interna de circulação, que são também os limites dentro dos quais o dinheiro se reduz à sua função de meio de circulação ou de moeda e nos quais, portanto, pode ganhar no papel-moeda uma forma de existência puramente funcional e independente de sua substância metálica...”
O dinheiro reflete as relações de produção; não pode existir sem uma sociedade mercantil. Podemos dizer também que um banco não pode existir sem dinheiro e, finalmente, que a existência do banco está condicionada as relações mercantis de produção.
Che busca na obra de Lênin para mostrar o caráter do imperialismo como resultado do capital financeiro, isto é a fusão do capital indústria como o bancário em um só. Lênin apresenta as seguintes condições econômicas do imperialismo:
1. A concentração da produção e do capital;
2. A fusão do capital bancário com o industrial (oligarquia financeira);
3. Exportações de capital;
4. Formação de sociedades monopoliostas de capitalistas; e
5. O fim da divisão territorial do mundo entre as potências capitalistas