Cetoacidose diabetica
Definições e Princípios Gerais
Cetoacidose diabética (CAD) e Estado Hiperosmolar Hiperglicêmico (EHH) são as complicações metabólicas agudas mais graves do diabete. Podem ocorrer tanto no diabete tipo 1 quanto no tipo 2.
A mortalidade da CAD é < 5% e do EHH permanece próxima a 15%. O prognóstico de ambas as entidades é pior nos extremos de idade, na presença de coma e/ou de hipotensão.
Cetoacidose diabética consiste na tríade hiperglicemia, cetonemia e acidemia.
Critérios diagnósticos
A Tabela 1 mostra os critérios diagnósticos para CAD e EHH
Fatores precipitantes
Infecções
Principal causa de cetoacidose diabética, ocorrendo em cerca de 56% dos casos
As infecções mais freqüentemente associadas são pneumonia e infecções urinárias respondendo por 30 a 50% dos casos.
Privação de insulina
A interrupção do uso ou o uso de doses incorretas de insulina são causas freqüentes de CAD.
Diabete tipo 1 de início recente pode abrir o quadro com CAD.
Cetoacidose diabética pode resultar de resistência à insulina, casos em que doses maciças de insulina podem falhar em reverter a cetoacidose.
Infarto do miocárdio
Risco aumentado de doença isquêmica do coração é uma complicação conhecida do diabete. Por outro lado o infarto do miocárdio é um fator precipitante comum de cetoacidose diabética.
Drogas
Drogas que afetam o metabolismo de carboidratos como corticóides e tiazidas e agentes simpaticomiméticos (dobutamina e terbutalina) podem precipitar CAD e EHH.
Psicológicos
Em jovens com diabete tipo 1, problemas psicológicos complicados com desordens alimentares podem ser fator contribuinte em 20% dos casos de CAD recorrente.
Outras situações
Indivíduos idosos com diabete de início recente (particularmente residentes em asilos) ou com diabete conhecido que se tornam hiperglicêmicos e não se dão conta ou são incapacitados para ingerir líquidos, quando necessário, estão em risco de EHH.
Doenças