Cerâmica Marajoara
Estudiosos dizem que na cultura Tapajós houve muitos momentos específicos em sua trajetória. Em estudos apoiados em datação carbono-14, lhes dão existência de pelo menos 500 anos, localizados por volta de 1000 a 1500 a.C, estas conclusões foram emitidas pelo professor Mário F. Simões e sua equipe, pertencente ao Museu Emílio Goeldi de Belém, Pará. Habitavam diversas regiões na foz do rio Tapajós, próximo a Santarém e se destacavam por ser exímios ceramistas.
O efeito antiplástico que por vezes é recorrente na cerâmica produzidas pelos Tapajós pode ser considerada mais avançada, se comparada com os demais achados de outras culturas amazônicas. O antiplástico utilizado era o Cauixi, uma espécie de esponja muito macia e maleável encontrada em rios de água doce, com a agregação deste material produziam peças de alto grau de dureza ao mesmo tempo em que são relativamente leves. Além de serem decoradas com temas que por vezes inspiram a vida cotidiana, era recorrente o uso da estilização.
Estudos apontam que esta cerâmica pode ter sido a mais produzida no Brasil, podem ser encontradas em diversas localidades às margens do rio Tapajós. Segundo estes, dentre a vasta produção encontramos esculturas variadas, “taças”, vasos zoomorfos, ornitomorfos, pratos, entre outros. As figuras geométricas também eram representadas, com representações de espirais, retas e ângulos bem delineados.
A cerâmica marajoara é fruto do trabalho das tribos indígenas da ilha de Marajó (PA), na foz do rio Amazonas, durante o período pré-colonial de 400 a 1400 D.C., no Brasil.
Podemos chamar o período de produção desta cerâmica tão sofisticada esteticamente de "fase marajoara", visto que na região houveram diversas e sucessivas ocupações, cada uma delas com características bastantes diferentes e peculiares. A fase marajoara é a quarta fase de ocupação da ilha.
A cerâmica Marajoara foi “descoberta” por volta de 1871, pelos pesquisadores Hartt (Frederick Hartt) e