Arquitetura
Por volta do ano 1.000 depois de Cristo, sociedades hierárquicas e populosas estavam estabelecidas ao longo das margens do rio Amazonas e seus principais afluentes. Explorando de maneira intensiva os recursos aquáticos e desenvolvendo agricultura nos solos férteis da várzea amazônica, aquelas populações desenvolveram complexas instituições sociopolíticas e uma rica cultura material.
A população indígena não utilizava a escrita. Sua história, mitos e costumes eram transmitidos oralmente. Por esta razão, para o estudo do passado indígena do Brasil, da Amazônia e do Pará chegou até nós através de narrativas ou relatos orais, que foram transmitidos de geração a geração. Outra forma importante, e frequentemente utilizada, para se estudar e compreender a história dos povos ameríndios que viviam na Amazônia é o estudo dos vestígios materiais que ficaram daqueles índios do passado longínquo.
Essa complexa civilização viveu em um ambiente extremamente inóspito: muito quente e úmido, sujeito a enchentes e com solo pobre. E essa é uma das razões que levavam os marajoaras a construir enormes morros, chamados tesos, para abrigar suas casas. Estima-se que eles dominaram a ilha até o ano 1400. No século XV chegaram à Amazônia os primeiros colonizadores, espanhóis, mas já então o embate se deu com outra população indígena da região – os Tapajós. Na Ilha de Marajó, particularmente, os europeus encontram somente outras tribos culturalmente mais rudimentares. Dos marajoaras só havia a cerâmica e os enormes morros. Os pesquisadores supõem que essa civilização se destruiu em guerras e foi também dizimada devido a períodos de forte carência alimentar devido a um hostil meio ambiente.
Pesquisas arqueológicas recentes têm demonstrado que sociedades extensas, hierárquicas e sedentárias ocuparam também a terra firme, fazendo parte de complexas redes de troca à longa distância. As trocas uniam as sociedades amazônicas e estabeleciam contatos que