A EVOLUÇÃO DA CERAMICA VERMELHA NA AMAZÔNIA COM FOCO NOS VASOS DE CERAMICA MARAJOARA
Resumo
O presente artigo tem por objetivo o estudo, a partir de fatos históricos e dados arqueológicos, das diferentes fases da cerâmica vermelha na Amazônia, focando-se nas urnas funerárias, artefatos de vital importância na cultura Marajoara. Verificando-se que esta arte sofreu diversas mudanças desde a cultura pré-colonial até os dias atuais, nos fins de produção, na importância cultural, na economia, e na utilização. Mostrando como as formas, e a iconografia são reflexos do ambiente, do tempo e da cultura em que vivem.
Palavras chave: cerâmica Marajoara, urnas funerárias, evolução.
1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo fazer uma comparação entre as fases pré-colonial e atual que a cerâmica Marajoara vivenciou. De todas as culturas da Região Amazônica a Marajoara foi a que mais se desenvolveu, sendo que eles surgiram no século IV a.C. e desapareceram por volta de 1300 na Ilha de Marajó. Estudos arqueológicos identificam e classificam estilos de cerâmica Marajoara de acordo com a estratigrafia arqueológica, definido cinco fases da atividade na Ilha: Ananatuba, Mangueira, Formiga, Marajoara e Aruâ. Na fase Ananatuba(980 à 200 a.C.),característica da Ilha central de Marajó ao sudeste do lago Ariri. Foi onde começaram a fazer vasos e outros objetos com incisões. A cerâmica desta fase apresenta desenvolvida com incisões, hachurados e engodo vermelho. Já a fase Mangueira praticamente coexistiu com a Ananatuba. Desenvolveu-se no Norte-Central da Ilha e sua principal característica estava dentro da tradição Borda incisiva, Cujas peças eram em sua maioria tigelas, igaçabas. Na fase Formiga a cerâmica era de pobre qualidade e muito inferior à da fase anterior, ocupando a parte central da Ilha do Marajó, estendendo-se ao sudeste do lago Arari. Desapareceu apenas 600 anos depois do seu surgimento. Já o refinamento Marajoara representa o