Cepticismo na educação/politica
201101027
O poder do cepticismo
O cepticismo é qualquer atitude de questionamento para o conhecimento, fatos, opiniões ou crenças estabelecidas como fatos. Cecília Meireles, em uma de suas crônicas, conta a história de um menino, Edmundo, o qual não acreditava em nada do que era dito pelos adultos. Era chamado de teimoso, mas o que Edmundo queria era descobrir por suas próprias experiências suas próprias verdades. Quebrou os dentes tentando extrair o melzinho do caroço de ameixa e quase se afogou em uma pipa d’água, tudo por não acreditar no que os adultos lhe diziam. Fazia perguntas e não se convencia das respostas, dava trabalho na aula de catecismo e na escola. Estava sempre em guarda com os adultos e estragava festas, shows de mágica não tinham o menor sentido para Edmundo. Não admitia mentira e morreu cedo. Os alunos deveriam ser como Edmundo, aprender com a experiência, a buscar a verificação das verdades, a não se conformar com as respostas prontas, a contemplar o cotidiano com um olhar estranho, observar e julgar o movimento, a mudança e se alertar para o que tem de extraordinário. O problema é que a educação atual não está preocupada com a formação de alunos críticos. Afinal, pessoas sem critérios são influenciadas e compradas mais facilmente pelos órgãos públicos. E, talvez, seja esse é o objetivo da maioria daqueles que ocupam o alto cargo da cidadania. O fato é que a população atual, essa que se auto tacha de moderna, ainda e repreendida pelo estado, ainda é manipulada, mesmo que de forma indireta, assim como na época da ditadura. O ser humano deveria ser como Edmundo, mais questionador e até mesmo mais teimoso e assim brigar por um mundo mais liberto. Apontar o engano por trás de decisões políticas envolvendo a educação ainda que tenhamos que quebrar os dentes. O comodismo e a estagnação nos fazem acreditar no que Edmundo repudiava. A educação deve ser baseada na contextualização, respeitando a cultura e a