Cepalinos e a questão agraria
A importância e a limitação do pensamento cepalino se difere da interpretações econômicas convencionais e de centro, abrindo não da analise evolucionista que liga como por exemplo a neoclássica que se utiliza para pensar o desenvolvimento. O pensamento cepalino se diferencia por analisar as transformações na estrutura da produção material durante o processo de industrialização das economias, conhecidas como periféricas.
A limitação desse pensamento permanece no próprio mérito de ser. Ao enfatizar a espera da produção de bens e serviços, os estudos Cepalinos examinam de maneira superficial, as relações sociais que estão na base do processo de industrialização da dita periferia. Em relação ao pensamento cepalino existe um projeto ideológico subjacente as analises e colocações Cepalinas. Os Cepalinos depositam as suas fichas na industrialização e na reforma agrária, concretizadas através de medidas estatais. Para os eles desenvolvimento econômico é a expressão do aumento do bem estar material, refletido pela elevação da renda real por habitante e condicionado pelo crescimento da produtividade média do trabalho.
Tendo em vista que se considerava o processo de industrialização como um caminho mais rápido para superar a condição de subdesenvolvimento da América Latina. Podemos identificar que por um lado à modernização do setor deveria dar-se através da mecanização, fazendo com que a mão de obra fosse livre para indústria e o outro lado não tinha capital suficiente na cidade que permitisse absorver essa população expulsa do campo. Dessa forma a inclusão da mecanização da agricultura gerava desemprego no campo e na cidade.
Apesar do processo de industrialização espontânea ser saudado como um acontecimento de grande relevância na história da difusão mundial do progresso técnico, ele era considerado problemático, pois se dava sobre a base de estruturas socioeconômicas subdesenvolvidas. Diante desse