Cenário do Setor Moveleiro
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo estudar o cenário econômico e financeiro que envolve o setor moveleiro do país. Para tanto, será necessário mostrar, em um primeiro momento, como foi a sua evolução, desde a primeira fábrica no Brasil até a necessidade de buscar novas fontes de matérias-primas, além da madeira, a fim de reduzir o seu custo de produção e o possível risco de escassez das reservas naturais.
Posteriormente, será apresentada a estrutura atual dessa indústria e será feita a análise do balanço patrimonial de uma empresa do setor, a Cicopal, com o intuito de verificar a convergência ou divergência de sua situação contábil-financeira com o ambiente macroeconômico previamente esboçado
Conforme dados do IBGE (2011)
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Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, o setor contava com 24.045 empresas, empregando 275.063 funcionários, juntas essas firmas tiveram um gasto com pessoal de R$ 3.778.911.000,00. A indústria moveleira é complexa, porque envolve uma cadeia produtiva grande e que não depende só da madeira como matéria-prima, pelo contrário, a produção de móveis depende de vários outros elementos, tais como: componentes de plástico, metal, tecido e outros. De acordo com a ABIMÓVEL (2011) 2, os móveis de madeira representam hoje 76,8% de toda a produção do mercado moveleiro do país, seguido pelos móveis com predominância em metal, com 9,9%. Outros materiais, como pedras, plásticos e derivados, representam 7,5% de todo o produzido. Por essa complexidade, a sua organização tende a formar *APLs (Arranjos Produtivos Locais)3.
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário
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APL (Arranjo Produtivo Local); são aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização e mantém vínculos de articulação; interação; cooperação e aprendizagem entre si e com outros fatores locais; como governo; associações empresariais;