cenário amazônico
Nesse contexto, o homem amazônico se apresenta como uma das principais vítimas dessa contradição; resultado de uma mistura de sujeitos, fruto de identidades culturais diversas, do estrangeiro, do negro, do indígena, das levas de imigrantes nordestinos, miscigenação sem igual, o que (re) produziu uma riqueza cultural multifacetada, e que ainda está em desenvolvimento, mas tida, por alguns, como primitiva e inferior para o desenvolvimento do país. Ao que parece é que grande parte da região amazônica encontra-se desconsiderada da atual conjuntura de mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais do restante do país, alijada dos processos de tomada de decisões e das políticas do poder público central, que não permitem a participação efetiva da população amazônica nos desdobramentos da construção da cidadania participativa. De todo modo, são reflexos da indiscutível desigualdade regional e da invisibilidade do povo, que paradoxalmente, está imbricado em uma região, que além de possuir uma das maiores exuberâncias ambientais do mundo, é, em termos geográficos, correspondente a mais da metade do território brasileiro. E, é a partir desse entendimento, que por vezes, parece até mais acertado se apregoar um possível desmembramento da Amazônia, tal é a desarticulação com a dinâmica de desenvolvimento do restante do país. Nessa realidade problemática é que se inserem as cidades médias, como Macapá e Santana, que carecem do planejamento para implementação de políticas públicas eficazes que busquem ampliar a infraestrutura local, no que concerne à produção de energia, à melhoria dos