Cri tica ensaio foto Anto nios e Ca ndidas tem sonhos de sorte
1201 palavras
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DE DENTRO PARA DENTRO A experiência “IntraAmazônica”
Fadia Mufarrej
Turma: BPM
Em “Antônios e Cândidas tem sonhos de sorte”, os rostos, os olhares dialogam diretamente com um presente sofrimento causado pelo esquecimento, a marginalização e a exclusão dos habitantes das margens das Rodovias que interligam o interior do País, são retratadas nas fotografias do Ensaio de Paula Sampaio, feridas abertas no seio da floresta amazônica, que pulsam e gritam por atenção, sussurros perdidos em meio a imensidão da Rodovia Transamazônica os personagens retratados por Paula, são pessoas que sonham, que buscam serem reconhecidas pelas estruturas sociais, a miséria marginaliza os que ali habitam, nas beiras de um projeto que não se concretizou, as pessoas que migraram para esta terra em busca de uma vida melhor, e de oportunidades, acabou afundada em frustrações.
Esse fluxo migratório para a Amazônia, começa em 1964 sob comando do então presidente do Brasil General Emílio Garrastazu Médici, neste período são lançados diversos Projetos que buscam introduzir no contexto político econômico nacional medidas integralistas regionais com o intuito de Integrar o Brasil, sob o slogan de “Integrar para não Entregar”. Justamente neste período o governo Brasileiro se dá conta da importância da Amazônia, e da necessidade real de conecta-la para o cenário nacional e mundial, de proteger suas fronteiras e integra-la ao restante do País. Surgem assim diversos planos de Integração para o desenvolvimento da Amazônia como os PDA’s (Planos para o Desenvolvimento da Amazônia) que dentre suas diversas proposições tinha como algumas de suas metas, a construção de Rodovias que interligassem o Norte e o Nordeste ao resto do País.
Essas regiões passariam a ser interligadas por terra através de rodovias denominadas BR’s de extensões fora dos padrões comuns, que ligariam os mais diversos extremos do País do Acre ao Pará, do Pará ao Piauí e com isto surge a necessidade de povoar uma “Terra sem