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O FUTURO DA EUROPA: REFORMA OU DECLÍNIO

Introdução

Uma sondagem recente, realizada na União Europeia, identificou os Estados Unidos como o maior inimigo da paz mundial, depois de Israel e da Coreia do Norte, nesta ordem. Nos Estados unidos, os sentimentos anti-França são generalizados. As relações transatlânticas raramente estiveram num ponto tão baixo desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Seria superficial atribuir a animosidade transatlântica á aversão que a Europa sente pelo presidente norte-americano antigo, George W.Bush, ou à irritação americana devido à oposição francesa e alemã à guerra do Iraque. A verdade é que os Americanos e os Europeus são diferentes, pensam de maneira diferente e estão a tornar-se cada vez mais diferentes.

Diferenças:
Os Europeus trabalham menos, tiram férias mais prolongadas e reformam-se cedo. Os Americanos optaram por trabalhar mais. Os Europeus vêem a segurança e a estabilidade no trabalho como um direito fundamental e um passaporte para a felicidade. Os Americanos estão dispostos a suportar os altos e baixos, a falência e os períodos de desemprego como parte necessária de uma economia de mercado.
Os Europeus tendem a conservar o mesmo emprego durante grande parte da vida, os Americanos mudam frequentemente de emprego. Os Europeus consideram inaceitável qualquer corte no Estado-Providência. Os americanos vêem os aumentos de impostos como um mal a ser evitado a todo o custo. Os Europeus vêem a desigualdade como um problema grave. Nos Estados Unidos, a desigualdade esta a aumentar, mas os Americanos parecem dispostos a conviver com este facto. Os Europeus pensam que o uso da força nas relações internacionais quase nunca (leia-se nunca) deve ser empregue. Os Americanos acreditam no uso da força relativamente frequente. A Europa está relativamente fechada a imigrantes estrangeiros. A América é um país de emigrantes. Americanos acreditam que os indivíduos são responsáveis pelo seu próprio destino, os Americanos acreditam