sociologia do trabalho
Ricardo Martins de Santana1
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Sociologia das Organizações. Cap. 2. Cengage Learning. 2006.
Silvio Luiz de Oliveira é doutor em Ciências, professor titular de Metodologia em Ciências, do curso de graduação da FCECA da Universidade Mackenzie e do curso de pós-graduação da mesma Universidade. É ainda autor de vários livros acadêmicos e coordenador dos Seminários Internacionais de Metodologia da Universidade de São Paulo-USP
O ser humano busca no trabalho não apenas a sua sobrevivência (alimentos, roupas), está em constante busca da realização pessoal e financeira. O sentimento de completa participação na sociedade só aparece quando o homem percebe sua utilidade para a família, e para o seu ambiente social, e quando isto não acontece, ele se vê inútil ao mundo e começa a se desestimular. Supõe-se que a automação tem deixado o homem à parte das tarefas físicas mais pesadas. O uso da tecnologia substitui o homem nas operações executivas, e isso traz mudanças significativas aos postos e funções em uma indústria metalúrgica. Um estudo realizado por Stuart Mill dizia que a tecnologia apenas alivia o trabalho realizado pelo homem. Antagonicamente Marx dizia:
Depois de ter mutilado e estropiado o trabalhador com a divisão do trabalho, depois de tê-la limitado a uma única maçante operação, o capitalista vai agora nos oferecer um espetáculo mais triste ainda. Ele arrancou das mãos do trabalhador as ferramentas que lhe restavam, liquidando, assim as únicas recordações de seu antigo ofício, de seu antigo estado de homem completo e o amarra à máquina, exatamente como o capitalista precisa dele. (CAFIERO, 1990, p. 48).2
A utilização da alta tecnologia na fabricação de produtos, visando redução de custos, maior qualidade e produção, acaba reduzindo o fator humano. Inglaterra e França foram importantíssimas para uma nova era que surgia, grandes modificações garantiram o nascimento da Revolução Industrial,