Cemiterada
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A Morte é uma Festa: O autor e sua obra.
João José Reis nasceu em 24 de Junho de 1952, Salvador. É Professor Titular do Departamento de História da Universidade Federal da Bahia. Atua na área de História do Brasil Império, com pesquisas em história social e cultural da escravidão, resistência escrava, movimentos sociais, entre outros, além do tema abortado na obra base de nosso trabalho, as atitudes diante da morte. Obra esta que recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Obra, categoria Ensaio, em 1992, e o Prêmio Haring da American Historical Association, em 1997. O autor consultou os seguintes arquivos para o seu trabalho de pesquisa: • APEBa (Arquivo Publico da Bahia); • BPBa (Biblioteca Publica da Bahia); • BNRJ (Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro); • IHGBa (Instituto Histórico e Geográfico da Bahia); • RDHUFMG (Revista do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais. A chamada Cemiterada foi relativamente pouco contemplada pela historiografia, em parte por conta das reduzidas fontes disponíveis acerca da descrição dos acontecimentos. Essas se resumem basicamente ao relato do presidente da província, Francisco de Sousa Paraíso e do o chefe de polícia Francisco de Sousa Martins; o Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro; o Jornal da Bahia, datado de 05 de Junho de 1857; o advogado Antonio Pereira Rebouças e o estudante da medicina Antonio José Alves, pai do poeta Castro Alves, que em 1842 elaborou sua tese sobre os problemas de se fazer os sepultamentos nas igrejas e próximo a centros urbanos. Todas as descrições do evento procuraram não propriamente estudar as causas, mas apenas reforçar a antítese civilização versus barbárie. A primeira representada pela construção do cemitério, como suprema panacéia para a solução dos problemas sanitários da Bahia, e os demais como elementos sectários da mente atrasada que envidavam esforços no sentido de