DIVINÓPOLIS UMA FERROVIA E CEM ANOS DE EMPREENDEDORISMO A história econômica desta Cidade, singular no Estado de Minas Gerais, predominantemente rural até a década de 1970, se desenvolve a partir da Ferrovia, até os dias de hoje. Ser atendida por uma ferrovia é fator preponderante para o desenvolvimento de uma cidade e/ou região, mas ser sua própria sede é determinante na definição de suas características socioeconômicas. A Ferrovia não apenas passa por aqui, ela se instalou aqui. Logo surgiu um comércio atacadista e varejista expressivo, tornando Divinópolis um centro de referência, além dos serviços de apoio às novas atividades econômicas - finanças, hotelaria, saúde, energia e educação – Colégio São Geraldo e Escola Normal Mario Casassanta, hoje INSS. São desta época empresas importantes para a economia regional na área do comércio atacadista - Altivo e Fernandes, Michelini Notini e Thirezio Mourão, além dos atacados de tecidos, ferragens e armarinhos. A Ferrovia estimulou também o agronegócio pela facilidade de transportar produtos e receber insumos. Além dos municípios vizinhos a atividade ocupou principalmente as áreas à noroeste- Mata dos Coqueiros, Costas e Quilombo e, a oeste - Djalma Dutra e Amadeu Lacerda - sendo personagens emblemáticos deste processo, nomes e famílias como os irmãos José Jaime e Mozart Nogueira, Francisco Lamounier, os Batista Leite, Pedro Alves Ferreira (Seu Pinduca) os Silva, os Branquinhos, os Pereira, os Gontijo, entre outros. Da combinação entre acesso aos mercados consumidores e acumulação de capitais pelo comércio e pela agropecuária, associados a disponibilidade de tecnologias e de mão de obra especializada trazidas pela Ferrovia, surge o setor industrial através dos segmentos da mecânica, metalúrgica, têxtil e laticínios - a Soares Nogueira/Produtos Lírio, chegou a ser uma das maiores do País. Este período, do início da Ferrovia, passando pelo comércio, pelos serviços e pela indústria, marca a atuação de grandes ícones da