Celulose
As empresas do setor de papel e celulose costumam integrar todas as etapas da cadeia produtiva, ou seja, são caracterizadas por uma alta verticalização. Dessa forma, abrangem desde o reflorestamento, a produção de madeira, a fabricação de celulose e de papel, até a conversão de papel em artefatos, a produção gráfica e editorial e a reciclagem do papel utilizado, além de atividades de comércio, distribuição e transporte.
Em certos casos, atuam até mesmo na fabricação de produtos químicos utilizados no processo de produção de celulose e papel, na geração de energia elétrica e extração de água. Isso se deve, principalmente, à indefinição atual em relação ao futuro das matrizes energéticas, o que ocasiona a corrida dos grandes grupos econômicos em busca da garantia de sua presença nesse mercado.
As indústrias de pasta são caracterizadas por utilizarem tecnologia relativamente acessível, com uma capacidade de produção muito elevada. Essas fábricas necessitam de alta intensidade de capital e financiamento, devido ao grande porte dos projetos e ao longo tempo de maturação dos investimentos. Já as atividades de produção de papel, conversão em produtos impressos, embalagens ou produtos higiênicos são conduzidas por empresas de todos os portes. Conforme as especificidades e qualidade do papel produzido torna-se necessário utilizar alta tecnologia para transformação de celulose em papel.
Uma particularidade importante do setor é que as indústrias de celulose localizam-se próximas aos maciços florestais, plantados, normalmente, em regiões distantes dos centros urbanos. Essa disposição geográfica gera desconcentração industrial e pode induzir ao desenvolvimento econômico de regiões menos dinâmicas. Para ajudar ainda mais, existem estimativas de investimentos expressivos em mercados emergentes, como Rússia, Índia e China, que tendem a impactar significativamente a dinâmica de fornecimento e demanda em todo o