Celulas T
Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa sobre o Câncer, em Londres, que vêm, há anos, realizando pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina para combater o câncer, identificaram uma proteína-alvo que poderá ser útil na luta contra a doença. Ela é conhecida como DNGR-1 e está presente em um tipo especial de célula, chamada de dendrítica. Os resultados da pesquisa, que teve como autor o Dr. Caetano Reis e Sousa, foram publicados esta semana na revista científica Journal of Clinical Investigation.
As células dendríticas fazem parte do sistema imune dos mamíferos e se localizam na pele, no trato gastrintestinal (TGI) e no sistema respiratório, principal local de entrada de microorganismos. Elas têm como principais funções capturar e transportar os antígenos (partícula ou molécula capaz de iniciar uma resposta imune) para a drenagem nos linfonodos, onde se localizam as células T (conhecidas pela importância no sistema imunológico). Quando um microorganismo libera determinadas substâncias no organismo, ou quando há algum sinal dos linfócitos T ativados, ocorre o amadurecimento das células dendríticas.
A função da vacina será a de desencadear uma resposta imunitária, estimulando as células T a defenderem o organismo contra o antígeno. O papel das células dendríticas é o de enviar uma mensagem às células T para sinalizar quem é o antígeno que deverá ser combatido.
A vacina desenvolvida pelos pesquisadores possui uma amostra da molécula do câncer a ser combatido, que servirá para mostrar ao sistema imunológico de qual estrutura ele deverá ser protegido. Além disso, a vacina conterá um adjuvante (agente que tem a capacidade de estimular o sistema imunológico e aumentar a resposta à vacina – Imunologia), que enviará uma mensagem à célula dendrítica já amadurecida para assinalar que a amostra de câncer é um corpo estranho e para estimular um ataque das células T. A identificação da proteína DNGR-1, exclusiva das