celoma
Seres protostômios apresentam celoma esquizocélico (do grego schizos, dividido, fendido), pois ele se forma a partir de fendas internas que surgem da mesoderme do embrião; já seres deuterostômios apresentam celoma enterocélico (do grego enteron, intestino), já que ele surge a partir de bolsas que brotam do teto do intestino primitivo.
Nos animais inferiores, como celenterados (águas-vivas ou corais), a gástrula só desenvolve os dois primeiros folhetos embrionários: (ectoderme e endoderme). Não há a fase de gástrula tridérmica. Por esta razão, o corpo desses animais, mesmo nos adultos, tem apenas duas camadas fundamentais de células. Entre elas, ocorre uma camada mediana de substância gelatinosa, com células móveis; porem esta camada - a mesogléia – é de origem endodérmica.
Animais com essa organização tão elementar são classificados como diblásticos ou diploblásticos. Evidentemente, não poderiam revelar celoma, já que este nasce da mesoderma.
Existem, animais que, embora desenvolvam o mesoderma embrionariamente, não chegam a revelar celoma. São triploblásticos ou triblásticos, no entanto, não possuem cavidade celomática, são os chamados psedo-celomados ou blastocelomados. É que as células mesodérmicas, nestes animais, não se organizam originando os folhetos somáticos e esplâncnico, os quais, por separação, delimitam o celoma. Isso ocorre com platelmintos que conservam um mesoderma maciço por toda a vida.
. O mesoderma adere ao ectoderma e se afasta do endoderma. Surge, então, um espaço entre o endoderma e o mesoderma que, no indivíduo adulto, simula o celoma. Na realidade, não passa de um falso celoma. É o que verifica com os nematelmintos.