Celestin Freinet

CONHECIMENTO À VENDA?

No artigo “Conhecimento à venda?”, nos deparamos facilidade absurda encontrada hoje de se ingressar ao curso universitário em instituições privadas. Tal afirmativa reforça a ideia de que nos tempos atuais qualquer pessoa que possa pagar as mensalidades de uma universidade, seja esta pessoa culta ou não, forma-se em uma instituição de ensino superior.
Poderíamos considerar este fato uma grande evolução social, pois estariam aumentando o quadro de profissionais capacitados com curso superior em diversas áreas.
Porém muitas dessas “instituições” estão comercializando o ensino, ou seja, você paga a instituição, você ganha um diploma, sem importar o seu grau de instrução e a sua realidade educacional.
Nessas instituições comercialistas, encontramos clientes ao invés de alunos, as universidades fazem de tudo, até mesmo formulam meios para que os seus clientes (alunos) obtenham a aprovação sem dificuldade alguma, impedindo-os que com toda esta facilidade optem por uma concorrente, também reforçam aos seus alunos as ideias de que os clientes sempre tem razão, tratando de resolver com eficiência qualquer problema ou insatisfação de seus clientes. Deste modo os alunos acreditam que o fato de pagarem as mensalidades, já lhes garante a aprovação.
Neste sistema comercialista o professor é vitima, sem argumentos, as instituições tem o professor como alguém que está ali para satisfazer os alunos, ele esta ali para vender o conhecimento, porém não pode cobrar absolutamente nada do aluno, feito um comerciante, o importante é agradar a clientela.
Cabe ressaltar que um desses principais problemas vem da ausência da educação dos pais, pois muitos acreditam que cabe ao espaço escolar o dever de educar e conscientizar, afastando-se assim de seus deveres.
As instituições privadas de ensino que se preocupam somente vêm graduando cada vez mais pessoas alienadas e analfabetas funcionais, de modo que o dever de formar cidadãos críticos e responsáveis está