Cce da amazonia

2788 palavras 12 páginas
As Empresas CCE e a Regionalização da Produção

AS EMPRESAS CCE E A REGIONALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
Marcílio Junqueira* INTRODUÇÃO Trabalho no grupo CCE, em Manaus, há 26 anos. No decorrer deste período pude acompanhar interessante experiência de implantação e crescimento de várias indústrias pertencentes ao grupo. O caso tem algumas características peculiares, sendo que a primeira delas se refere ao local: Pólo Industrial de Manaus, criado por volta de 1970, três anos após a edição do decreto-lei 288, que criou a Zona Franca de Manaus em sua atual feição. Os principais incentivos a atrair as indústrias eram (e ainda são) a isenção do IPI e a redução do Imposto de Importação. Desde o início, foi uma guerra. Fabricantes do Sudeste, em especial São Paulo, sentiram-se prejudicados. Os fabricantes nacionais de componentes de produtos eletroeletrônicos, os primeiros a deslanchar no Pólo de Manaus, gritaram contra a possível substituição dos seus produtos por sucedâneos importados. Mas apenas as primeiras indústrias haviam chegado quando o governo federal, premido pela crise do petróleo de 1973, estabeleceu índices de nacionalização mínimos a serem cumpridos por quem quisesse usufruir os incentivos. A fabricação de componentes em Manaus era, então, uma espécie de objetivo ideal, mas quase utópico. Como - (e por quê?) - implantar indústria de componentes num pólo industrial criticado justamente pela superficialidade das operações de montagem, pela prevalência do uso de insumos importados, pela existência de galpões préfabricados, enfim, por uma indústria que parecia mais disposta a se aproveitar de janela para o exterior, num País fechado em termos de comércio, do que, efetivamente, em criar raízes? Portanto, não foi sem surpresa que acompanhei as decisões da direção da CCE em implantar a

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T&C Amazônia, Ano II, Número 5, Agosto de 2004

As Empresas CCE e a Regionalização da Produção

primeira fábrica de componentes em Manaus, o que ocorreu por volta de 1982. É

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