Ética e cidadania
O mundo conheceu o poder monárquico fundado em heranças “divinas”, que usurparam o poder do cidadão; surgiram novas descobertas filosóficas, científicas e invasões territoriais em nome da civilização, transportando modos distintos e diferenciados de viver; veio a derrocada das monarquias e impérios, fato que conclamou os indivíduos à uma nova postura ante os assuntos políticos. Emergiu, ainda, uma era de revoluções e guerras: a Revolução Francesa, a Inglesa, a
Americana, o Manifesto Comunista, o Nazismo, o Fascismo, a Guerra Espanhola, as I e II
Grandes Guerras Mundiais, e mais recentemente, as duas Guerras do Golfo e outros tantos conflitos nacionais e internacionais que encandeceram e continuam a encandecer as consciências dos povos.
E hoje, com o advento de novas técnicas, tecnologias e processos mais agressivos de globalização, as mudanças ocorrem de forma muito mais complexa, acelerada e de modo escamoteado e camuflado que exige uma atitude crítica apurada.
Portanto, falar sobre ética e cidadania é ter em mente todo esse elenco de fatos e acontecimentos. No entanto, os eventos e fenômenos humanos estão sujeitos às interpretações as mais distintas e diferenciadas quanto às visões sócio-econômica-política e cultural. Inclusive, o próprio ser humano, dada a sua complexidade, continua um ilustre desconhecido.
Além disso, os fatos não se apresentam verdadeiramente reais simplesmente porque alguém se propõe a tecer novas interpretações e descobertas. Pois, por detrás de cada discurso emerge um tipo de ideologia na hermenêutica utilizada. É o olhar do sujeito que se põe sobre o objeto dada a sua cultura, a sua estrutura mental e a sua postura