Catabólicos & Treinamento
Este será um texto opinião destinado ao público atleta, baseado a partir de artigos científicos bem fundamentados. O objetivo é mostrar ao público que queima de gordura, desde que adaptado à dieta e ao treinamento, é um processo simples. E eu disse simples, não fácil.
Cortisol
Diretamente relacionado ao stresse, o cortisol é produzido no córtex suprarrenal, com as funções de quebra de proteínas, gorduras (isso varia de acordo com o ambiente hormonal que o individuo se encontra) e quebra de glicogênio em glicose no fígado (glicogenólise).
Estudos sugerem que as adaptações neuromusculares na musculação e também em esportes de longa duração sejam, em parte, relacionadas ao cortisol e que os níveis de cortisol, assim como de testo (livre e total) aumentam significantemente em treinos de maior volume.
Catecolaminas
As catecolaminas (epinefrina e noraepinefrina) são produzidas principalmente na medula suprarrenal, mas no cérebro e em algumas fibras nervosas simpáticas mediante à situações de estresse nutricional*, exercícios e estresse psicológicos (nesse caso, a produção de epinefrina é estimulada pelo cérebro). A medula suprarrenal secreta regularmente duas catecolaminas nas seguintes proporções: 80% epinefrina (adrenalina) e 20% noraepinefrina (noradrenalina).
Assim como a noraepinefrine, a epinefrina inicia a lipólise através dos receptores beta do tecido adiposo, que ativa a adenilato ciclase e aumenta o AMP-cíclico, o que leva ao efeito final de hidrólise dos triacilgliceróis em ácidos graxos livres, ou seja, a gordura se transforma em fonte energética.
*Estresse nutricional: em situações de escassez de combustíveis metabólicos (baixo nível de glicemia e/ou glicogênio), há a secreção de epinefrina que, por sua vez, junto ao glucagon, dão início a gligonenólise (quebra de glicogênio em glicose no fígado), que elevará a glicemia (nível de glicose no sangue), contrapondo-se a insulina (que leva a glicose as células, diminuindo o nível de