Castro Alves
AMOR E PREOCUPAÇÃO SOCIAL
Calebe e Indianara
A preocupação com os problemas sociais do Brasil é a característica principal dessa geração de poetas. Esse período é concedido entre 1860 a 1870 e tem Castro Alves como seu melhor representante. A poesia deixa de ser um lamento sentimental ou uma queixa amorosa para ser também um grito de protesto político ou de reinvindicação social. A campanha pela República e pelo fim da escravidão ganha as ruas e o poeta se vê como porta-voz do povo.
Castro Alves: Ântonio de Castro Alves (1847-1871) nasceu na Bahia na antiga cidade de Curralinho (hoje chamada de Castro Alves). Após os primeiros estudos na terra natal, segue para Recife junto com o irmão João Antônio, onde viveu experiências que marcariam sua vida: os primeiros sintomas da doença pulmonar, o inicio de seu romance com a atriz portuguesa Eugênia Câmara; o suicídio do irmão; o contato com novas ideias que questionavam a situação política e social do império. Em 1867 abandona Recife; na Bahia a apresentação do drama Gonzaga ou a Revolução de Minas traz a consagração popular do poeta. No ano seguinte, chega a São Paulo e requer matrícula no 3º ano da faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Ao final de um ano extremamente produtivo, fere acidentalmente o pé com um tiro. Em 1869 amputa o pé em consequência do ferimento; agrava-se a doença pulmonar; o poeta isola-se na Bahia. Falece em seis de julho de 1871. Estava no auge de sua popularidade como poeta e declamador. Foi um poeta do amor e das causas sociais. Expressou sua indignação contra as tiranias e denunciou a opressão do povo, concentrando-se principalmente no combate à escravidão. Muitos de seus poemas soavam como um vibrante clamor pela liberdade. Sua poética, por vezes, visava à persuasão. Foi também o grande poeta do amor. Sua poesia é sensual, descrevendo a beleza e a sedução do corpo da mulher, num clima de erotismo e paixão que o diferencia dos outros poetas