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Análise do Processo de Inovação Tecnológica em uma Incubadora Universitária sob a Perspectiva do Modelo de Cambridge Autores: Elaine Silva Frois e Fernando Silva Parreiras Resumo: A base dos sistemas de inovação é formada pela interação entre universidade, empresa e governo. A incubadora é um dos caminhos utilizados para estreitar os laços entre estas entidades. Existem modelos que propõem analisar o apoio à inovação tecnológica dado por estas instituições. Este artigo busca descrever, sob a perspectiva do modelo de Cambridge, como o processo de inovação tecnológica pode ocorrer em uma incubadora universitária mineira, destacando pontos positivos e negativos, além de apontar a direção para trabalhos futuros. 1. Introdução O mundo atual está em um processo de profunda transformação caracterizado, em grande parte, pela revolução tecnológica e informacional. Estas mudanças vêm causando fortes impactos sobre a economia, a sociedade, a política e as organizações (CASTELLS, 1999). Tais mudanças geraram uma necessidade de redimensionamento da competitividade e do processo de obtenção/manutenção de vantagem competitiva pelas organizações, que passou a se caracterizar não só pela melhoria e/ou implementação de variáveis como qualidade, custos, preço, mas, principalmente, pela busca de inovações tecnológicas. A competitividade das empresas passa a depender cada vez mais de fatores como a inovação tecnológica, que pode ser obtida através de investimento em P&D e do desenvolvimento de redes de conhecimento, compostas por atores como institutos de pesquisa, universidades e laboratórios, consórcios de empresas e clientes. Mello, citado por Vasconcelos e Ferreira (2002), afirma que a base dos sistemas de inovação é formada pela interação entre universidade, empresa e governo. No Brasil, esta articulação entre universidade, empresa e governo ainda é modesta. Contudo, os programas que visam estreitar estes laços entendem que a intensificação das interfaces entre esses agentes