CASO A
Aírton trabalha na indústria de refrigeradores FREEZO há 14 anos. Ele é o gerente de compras, na atual função há dez anos. O salário de Aírton é de $ 4.000,00. A direção da empresa está satisfeita com ele, já que nenhum setor da fábrica tem reclamado da falta de peças. Tal presteza no fornecimento é o resultado de uma política de aproximação com os fornecedores, "à moda japonesa": ele mantém uma amizade pessoal com todos eles, costumando até adquirir peças para estoque, quando aqueles estão com dificuldades para faturar. No Natal de 1994, Aírton recebeu duas passagens aéreas para Paris, ida e volta, em vôos em primeira classe. Elas foram presente de Rosa, gerente de vendas da LINATE, indústria de peças para refrigeradores, a principal fornecedora da FREEZO. As passagens foram brindadas para que ele e esposa descansassem do ano fatigante que terminava. De pronto, Aírton foi até seu diretor de compras. Salientou que estava indeciso sobre a utilização ou não da passagem, tendo em vista ser ela presente de um fornecedor. Achava ele que, se aceitasse, estaria sendo antiético com a empresa. Embora parabenizasse Aírton pela atenção em comunicar-lhe o fato, o diretor não sabe o que opinar, pois seu gerente de compras é, para ele, de absoluta confiança, além do que não quer imiscuir-se em sua vida pessoal. A opinião do diretor torna-se mais difícil à medida que a FREEZO não tem um Código de ética. Como agir no caso?
Discussão
Uma forma útil e lógica de analisar uma situação com muitas informações, é dividi-la em partes:
a. "... Aírton é o gerente de compras, estando na atual função há dez anos."
A Direção da FREEZO incorre em erro de segurança lógica ao manter um funcionário em uma posição-chave, a de gerente de compras, por dez anos. Não existe um período ideal de permanência em determinada função. Ele varia de empresa para empresa. Pode-se afirmar, no entanto, que dez anos é um período demasiado longo, propiciando oportunidades de fraudes.
b.