Caso cabelo black
Recentemente divulgado na grande mídia, após uma publicação/desabafo no Facebook, a jornalista Lília de Souza de 34 anos, passou por um constrangimento ao tirar seu passaporte, tendo sua foto impedida por conta de seu cabelo black.
Lília de Souza com seu atual cabelo.
Segundo a funcionária da Policia Federal que atendeu Lília, o cabelo black da jornalista ultrapassava a moldura padrão da foto. Uma declaração partida da Policia Federal diz que o padrão é estabelecido pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), e que segundo a mesma, fotos em que o individuo se apresentar com o cabelo volumoso, poderá ser reprovada.
Voltando a pergunta do primeiro parágrafo. Será que o Brasil enxerga a sua pluralidade racial? Provavelmente não. A jornalista passou por um constrangimento desnecessário, em que se vê obrigada a amarrar seu cabelo com uma borracha para sua foto poder ser aceita. Em que padrões são baseados esse modelo? Certamente não é o que corresponde à população brasileira. Até que ponto, pessoas como Lília, terá que mudar sua identidade, se cobrir, para se enquadrar em um padrão que não se enquadra a ela?
Após a declaração, outras quinze pessoas disseram ter passado pelo mesmo caso. Um caso grave, pois parte de um racismo institucional disfarçado. Por essas e outras vemos que o Brasil necessita de grandes mudanças, muito além das que será feita na seleção brasileira de futebol.
Fonte: Censo 2010 mostra as características da população brasileira.