Case hypermarcas

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A um mês do fim de 2011, a ação da Hypermarcas está cotada hoje na bolsa um pouco menos do que valia quando a empresa abriu o capital, em 2008. De lá para cá, fez 23 aquisições, viu sua receita mais que dobrar e, por conta das ofertas de ações, aumentou em quatro vezes a quantidade de papéis que formam seu capital.
O Valor examinou 23 relatórios divulgados por equipes de análise de 13 bancos de investimento sobre a empresa neste ano. Inicialmente, a expectativa deles era que a ação da Hypermarcas valesse em dezembro, em média, R$ 25, ou mais de três vezes a cotação de ontem, de R$ 8,15. A aposta era de manutenção de receitas em alta, cada vez gerando mais caixa para reduzir a alavancagem pós aquisições.
Trimestre a trimestre, nada disso se confirmou e os analistas deixaram de conceder o benefício da dúvida à companhia. Diante de quedas muito aceleradas das cotações, mantiveram a recomendação de compra porque, com as baixas, o potencial de crescimento ainda se mostrava grande – mesmo após reduções da ordem de 30% no preço-alvo. Como explica o especialista Alexandre Póvoa, as expectativas para o crescimento das empresas de varejo na bolsa estavam muito elevadas.
“Assim, se a companhia não entrega resultado, o analista precisa rever o seu modelo, o que vai implicar uma redução também forte do preço estimado”, diz.
Após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, os relatórios dos analistas apontam em média que a ação da empresa estará valendo, no fim deste ano, perto de R$ 9 por ação. Os analistas passaram a questionar a falta de visibilidade do negócio e a credibilidade da gestão.
O Barclays, em março, comentava que a empresa era uma das favoritas do mercado, mas uma série de projeções não cumpridas prejudicou a confiança do investidor na entrega de sinergias prometidas.
Póvoa observa que se a gestão perde credibilidade o analista tende a ficar mais conservador em suas projeções.
Alguns investidores no mercado já questionam por que o principal acionista

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