Assolan um case de sucesso
O ousado plano da ASSOLAN
Conheça o plano da Assolan Industrial para se transformar na Hypermarcas, uma gigante nacional de bens de consumo que já nasce com faturamento de R$ 750 milhões
Por por darcio oliveira e lílian cunha
Eram nove horas da manhã da quinta-feira 8 quando Nelson Mello, presidente da Assolan Industrial, recebeu uma chamada de seu contador no celular. Do outro lado da linha, o homem, eufórico, anunciava: “Nasceu, Nelson! Acabei de receber da Receita Federal o cartão com o CNPJ da nova companhia.” Naquele momento, veio ao mundo a Hypermarcas, que, a partir desta semana, ocupa o lugar da Assolan Industrial no mercado brasileiro. O nome Assolan continua a existir, mas apenas como marca de lã de aço e não mais como corporação. Mello, por sua vez, torna-se o diretor-presidente da Hypermarcas, que terá sob seu guarda-chuva 11 filhotes, entre os quais a própria Assolan, a Etti e as recém-adquiridas Finn (adoçantes) e Mat Inset (inseticidas). Na mesma quinta-feira, seis horas depois de o contador ligar para Nelson Mello, funcionários já providenciavam a troca de placas na sede da companhia em São Paulo. No próximo dia 28, os operários das quatro fábricas da empresa – que até a semana passada nem sonhavam com a mudança de nome – estarão vestindo bonés e uniformes com o logotipo azul da Hypermarcas. A mudança não é apenas estética. Faz parte de um plano traçado há seis anos, que incluiu aquisições e investimentos superiores a US$ 100 milhões. “A Hypermarcas já surge como uma gigante brasileira de bens de consumo. Apenas a americana Procter & Gamble tem a estrutura que montamos”, diz Mello.
Os superlativos não param por aí: com nove lançamentos previstos para este semestre e duas grandes compras fechadas há menos de sete dias, a Hypermarcas promete faturar R$ 750 milhões somente este ano (contra R$ 502 milhões de 2006, como Assolan), R$ 900 milhões em 2008 e chegar aos R$ 2 bilhões – ou US$ 1 bilhão – até 2010.