Introdução A difusão de valores internacionalizados é perceptível em distintos campos: economia, cultura, consumo, política, tecnologia, ecologia etc., gerando uma aproximação comportamental na sociedade contemporânea que supera quaisquer níveis anteriores de similaridade entre os diferentes povos, criando uma rede planetária integrada dentro de uma menor cultura comum, sendo aqui definida como globalização. A globalização é parte de um processo que mistura uma verdadeira mercadocracia, que se baseia na busca por maiores lucros em todo o planeta, através de transferências eletrônicas estimadas na ordem de 1 trilhão de dólares/dia; formas de produção em escala, descentralizadas e alocadas em países com menores custos de mão- de-obra; enormes avanços científicos e tecnológicos; interpenetração de diversas culturas locais com uma menor cultura comum internacionalizada, criada e difundida principalmente pelos meios de comunicação de massa. Embora seja produto de uma somatória de acontecimentos presentes, seu futuro ainda é uma incógnita. Na área de comunicação social, especialmente na publicidade, notam-se tendências dentro deste quadro globalizado, calcado nas ações das corporações transnacionais e na influência que a indústria cultural tem na difusão de hábitos de comportamento e consumo internacionalizados, fundamentais para a expansão de mercados para as corporações internacionais: centralização do marketing e da estratégia de comunicação em escritórios centrais que determinam diretrizes para a unificação da marca em escala mundial; a valorização da menor cultura comum globalizante para anúncios de produtos e/ou serviços, com valorização de marcas internacionais; a comodificação de símbolos nacionais pela publicidade como forma de internacionalizar hábitos de consumo regionais; a valorização do discurso imagético na indústria publicitária relegando a linguagem verbal a componente acessório. Enfim, são vários aspectos associados que traçam uma tendência