Casarão Bairro Floresta bh
No princípio, o bairro era formado por chácaras que, segundo historiadores, eram responsáveis pelo abastecimento de hortifrutigranjeiros da capital recém inaugurada. Os vestígios da primeira forma de ocupação ainda existem. A área da Praça Comendador Negrão de Lima é um exemplo. Ela está no local onde existia a chácara da família Negrão de Lima. A sede da propriedade, situada na Rua Leonídia Leite, continua preservada e foi tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município.
A origem do nome Floresta é controversa. A história mais conhecida, relatada pelo historiador Abílio Barreto, conta que um hotel boêmio chamado Floresta teria motivado o nome. Outra relata que, quando as pessoas se dirigiam até a região, diziam estar indo para os lados da Floresta. Uma outra versão diz que o nome está ligado à paisagem verde que se avistava, olhando a partir do Centro da cidade.
Por sua proximidade com o Centro, cresceu rapidamente. Por volta do ano de 1930, o comércio começou a se desenvolver, principalmente na região compreendida pelas avenidas do Contorno e Assis Chateaubriand
Na década de 40, o adro da Igreja Nossa Senhora das Dores, de 61,80 metros de altura, era o local preferido para moças e rapazes para o footing (do inglês, ir a pé). As mulheres – todas com seus melhores vestidos, salto alto, maquiadas e perfumadas – desfilavam, como se estivessem em um tapete vermelho. Locais tradicionais como a rua Itajubá que, durante muito tempo, foi um dos pontos mais movimentados da cidade pela animação de seus bares e bailes de carnaval, também fazem parte da história do bairro.
Rua Marechal Deodoro em época de Ipês
Na região moraram personalidades ilustres como o poeta Carlos Drummond de Andrade, Pedro Aleixo, Negrão de Lima e até o compositor carioca Noel Rosa, que na ocasião veio passar uma temporada em Belo