empreendedorismo

No salão nobre da FIEMG, Federação das Industrias do Estado de Minas Gerais, dona Maria Helena, desconfortável porque dali a alguns instantes, seria entregue o premio de Melhor Empreendedor Global do Estado de Minas Gerais. O coração garante-lhe que sua filha Luísa, proprietária da Goiabadas Maria Amália Lda., será a escolhida entre os dez empresários pré-seleccionados. Onde ela era alguém que sonho e foi em busca de transformar o seu sonho em realidade.
Seis anos atrás, aos 20 anos, Luísa estava noiva e cursava o quinto ano de odontologia. Nascida na Ponte Nova, deixou os pais e foi para Belo Horizonte fazer o curso superior.
Na família em que todos conseguiram alcançar um padrão de vida muito bom, a tia e madrinha de Luísa, Fernanda, única empresaria, e a mais bem-sucedida.
Construiu considerável património e notoriedade na cidade, reunindo em só loja - o Sereia Azul - serviços e comércio de variadas naturezas.
Fernanda, tanto pela dedicação de mãe substituta como por seu temperamento independente e criativo, despertara desde cedo em Luísa, única afilhada, não só o sentimento de amor, mas uma profunda admiração. O que mais encantava Luísa era a independência da madrinha, o fato de ser ouvida pelos homens e sua capacidade de influenciar as pessoas e criar situações novas.
Para Luísa, a carreira de dentista representava mais um sonho do pai que o seu próprio.
Os empreendedores nascem por influência do meio em que vivem. Apesar de a família não ter tradição em negócios, Luísa tinha a madrinha como modelo.
Ela foi uma aluna desinteressada no curso fundamental e no ensino médio. Seu motivo para escola era a possibilidade de encontrar amigos, ouvir coisas diferentes, aprender com os colegas.
Luísa era atraída pelo novo, pelo inusitado. Tinha prazer em se diferenciar das outras meninas, como desse fosse pecado ser igual. De casamento marcado, Delcídio era contra os estudos da noiva em Belo Horizonte, e suas argumentações camufladas começavam a fazer efeito