Casais tendem a ter DNA parecido
O grupo de pesquisa analisou as relações dos nucleotídeos polimórficos únicos (SNP), pequenas sequências de DNA que são trocadas e que conferem uma especificidade em cada genoma, em 825 casais. As variações de polimorfismos similares acontecem em uma frequência de 1% da população, ou seja, através deles podemos determinar quem são as pessoas. São os estudos destas pequenas sequências que são usadas em testes de paternidade, por exemplo.
Ao analisar os dados obtidos, os cientistas observaram que os casais compartilhavam mais SNPs do que se utilizassem um pareamento entre homens e mulheres de forma aleatória. Para dar peso ao estudo foram registrados mais de 1,7 milhão de SNPs.
Em uma declaração após o estudo, o autor Benjamin Domingue explica que "sabemos que as pessoas se juntam por causa de interesses em comum, porém, em nível genético, estas uniões parecem acontecer de forma aleatória." Em genética de populações é muito comum associar este fato. Não é totalmente verdade, porque como vemos também em outras espécies há a chamada seleção sexual, em que os indivíduos escolhem os parceiros de acordo com características aparentes e não através da sequência de nucleotídeos dentro das células do pretendente.
Porém, o estudo é muito importante para saber os mecanismos que levam a esta escolha em um cenário molecular. Afinal, em um casamento, sabemos que um resultado bem provável são os filhos e eles nada mais são do que uma junção entre o DNA da esposa e do