casa grande
Do conjunto arquitetônico formado por uma série de edifícios construídos a partir da Rua Grande – Avenida Getúlio Vargas – pouca coisa resistiu ao tempo. A história daquela que ficou conhecida como A Casa Grande de Parnaíba ou Casarão de Simplício Dias retrata muito do passado da cidade e, principalmente, de uma família fundadora com as histórias e lendas que se confundem e a eternizam.
Português, Domingos Dias da Silva imigrou para o Brasil muito jovem. Comerciante nos arredores do Rio Grande do Sul juntou pequena fortuna. Ao chegar ao Brasil, se mudou para o Piauí. Aqui começou a construir o complexo arquitetônico da Casa Grande, esta exibe uma arquitetura colonial portuguesa, formada por dois edifícios contíguos, ambos com três andares: o térreo, destinado ao comércio; e os outros dois, à família.
Um virado para a Rua Monsenhor Joaquim Lopes, atualmente bastante descaracterizado. O outro voltado para a Rua Grande que permanece com muitas de suas características, entre elas um pequeno nicho construído sobre pedra de Lioz, para a colocação da santa protetora, Nossa Senhora da Conceição. Esta casa mantinha comunicação direta com a Igreja- Matriz. Na verdade, era ligada diretamente a ela por meio de galerias, que chegavam às sacadas, com acesso exclusivo aos Dias da Silva.
A Casa Grande hospedava as mais importantes figuras do próprio governo, com a morte de Domingos, o imóvel é repassado para Simplício Dias da Silva e Raimundo Dias da Silva, quando Simplício perdeu a fortuna, e posições que possuía os inimigos passaram a dizer: MAIOR ERA A CASA GRANDE DA PARNAÌBA E CAIU. Foram herdeiros deste imóvel avaliado em 5.000$000 os dois filhos de Simplício Dias da Silva: Antônio Raimundo Dias de Seixas e Silva 2.500$000 e Simplício Dias de Seixas e Silva 2.500$000.
Com a morte de Antônio Raimundo ficou Simplício Dias de Seixas e Silva como único proprietário do imóvel. Chamo a atenção para outra particularidade: o nicho existente no sobrado da esquina