Casa grande e Senzala
Antes de iniciar a resenha deste livro clássico da história brasileira é útil colocar dois pontos centrais que não devem ser perdido de vista.
O primeiro é a situação mundial na ocasião em que o autor viveu e pesquisou: O inicio século XX onde se buscava evidenciar a classe racial, começando esse estudo pela superioridade ariana vindo de encontro a “marginalidade” das raças consideradas inferiores (negros, índios, principalmente).
O segundo ponto diz respeito a nossa situação, a conjuntura nacional: Onde Getúlio Vargas assume a presidência do Brasil e começa estimular as chamadas sólidas bases nacionalistas. Isso requer uma identificação com a nação. O então presidente dá inicio ao trabalho de inclusão da cultura negra como parte da cultura brasileira. O Brasileiro começa então a ser representado também pelo negro e pelo mulato e não mais apenas o Índio e o Português.
Outra ideia que considero importante é por perto um dicionário, por inúmeras vezes a gente perde o que o autor quer dizer, por desconhecer o vocábulo por ele usado.
Capítulo 1 - Características erais da colonização portuguesa no Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida.
Gilberto Freyre começa o capítulo baseado nas teorias raciais do período em que vivia, o sucesso da colonização do Brasil, de clima tropical, pelo português. O autor entendia ser o português, o único povo entre os europeus com capacidade de se adaptar ao clima tropical, esse ponto de vista de Freyre não deixa de ser atraente para o entendimento do texto. Os trópicos oferecem vantagens e também desvantagens aqueles que não estejam ambientados com seu “habitat”
O autor não deixou de tratar da sensualidade portuguesa, assim como a atração em relação à mulher com a pele mais bronzeada, como a mulher muçulmana que durante tantos anos participou da vida em Portugal o que induziu o português a sentir a mesma atração pela índia brasileira e logo iniciar a mistura