Caráter e erotismo anal
Neste artigo escrito por Freud em 1906, ele relaciona traços de caráter de determinados indivíduos e a relação entre a função corporal de defecar e o órgão nela envolvido, o anus.
Traços de caráter:
Ordeiro- o contrário seria descuidado e desordenado Parcimônia- pode aparecer de forma exagerada como avareza Obstinação- pode transformar-se em rebeldia, a qual pode associar-se à cólera e as ímpetos vingativos.
Parcimônia e obstinação estariam ligadas estreitamente com a ordem e os três traços três interligados.
Segundo Freud, os indivíduos que possuem essas características de caráter, na primeira infância despenderam de um longo tempo para superar a incontinência fecal. Bebês que se negavam a defecar quando colocados no penico, retinham as fezes para depois obter um prazer suplementar ao defecar.
Freud deduz que são pessoas com constituição sexual no qual o caráter erógeno da zona anal é excepcionalmente forte, por outro lado essa tríade de traços de caráter pode estar relacionado ao desaparecimento do erotismo anal, como forma de sublimação.
A vergonha, a repugnância e a moralidade podem aparecer como formação reativa, ou contra-forças do erotismo anal.
Freud fala sobre a relação estréia ente a avareza, apego ao dinheiro e a retenção das fezes na primeira infância e afirma que para alcançar resultados na análise é necessário trazer a consciência o complexo monetário dos pacientes e todas as suas conexões.
O autor cita os mitos, contos de fadas, superstições aonde persistem as formas arcaicas de pensamentos que associam o dinheiro a sujeira. Até nos dias de hoje é comum observarmos uma mãe mandando o filho não pegar em dinheiro porque este é sujo. Em contra partida para a criança as fezes são motivo de orgulho, como se fosse ouro, porque são algo produzidos por ela.
O contraste existente a entre a substância mais preciosa que o homem conhece, o dinheiro, o ouro e a mais desprezível rejeitada como matéria