Cartão x juros
O governo defende que os juros do cartão rotativo cobrado pelos bancos seja reduzido como uma das medidas na tentativa de reduzir o juros bancários do cartão. Com taxas que chegam a 300% ao ano, o cartão é a forma mais cara de financiamento ao consumo, mas é dos mais usados pela praticidade.
Entretanto os bancos alegam que ao fornecerem limite de credito ao cliente e este utiliza para compra de bens duráveis com parcelamentos alongados sem juros, estão fornecendo um ativo para o cliente do cartão sem garantias de credito, carregando este risco para o balanço e sem remuneração por isso, logo os juros no rotativo são a forma que encontraram para recuperar parte das perdas destes créditos e garantir a liquidez da operação como um todo utilizando a o juros alto para combater a inadimplência. Desta forma defende uma redução no numero de parcelas sem juros para no máximo 6 (hoje cagando a 18 parcelas em juros em alguns casos) e mantendo as opções de parcelamento maiores, mas com juros. A questão para o lojista é que, com o parcelado sem juros, o estabelecimento só recebe pela venda conforme o cliente paga as parcelas. Antes disso, se quiser antecipar receita, precisa descontar os recebíveis com o banco, e pagar juros por isso. No parcelado com juros, a empresa de cartões paga imediatamente ao lojista o valor da venda. Alguns grandes varejistas tentam limitar o parcelamento incentivando compras com parcelas e prazos menores. Enquanto o impasse do parcelado sem juros não é resolvido, há bancos que buscam alternativa para baixar os juros do cartão. Caso da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, que anunciaram, nas últimas semanas, cortes nas taxas do rotativo Isso não significa que estejam alheios à necessidade de controlar o parcelado sem juros. A Caixa acredita que esse é um passo importante para estimular as operações com juros.
O Itaú também optou por baixar os juros do cartão sem mexer no parcelado sem juros.