Cartografias da UAB

Cartografias da UAB
Por uma Nova Territorialidade para a Educação a
Distância

Contexto
A Educação a Distância (EAD) desponta no cenário nacional com um fôlego diferenciado em função de uma vontade política do governo federal que, por meio da agência CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior), implementa atualmente um ambicioso programa nesta direção. Este, inicialmente orientado à formação de professores, pode levar o Brasil a re-pensar significativamente a forma de enfrentar os recorrentes problemas da educação.
A recente experiência na implantação e oferta dos cursos a distância da Universidade
Federal de Juiz de Fora sinaliza que o foco da discussão (a educação) tem desdobramentos de grande relevância não só para a EAD, mas também e mais amplamente, para a forma que o modelo presencial tem tomado dentro da instituição.
Critérios de qualidade, normativas, modelos pedagógicos e tecnologias, de certa maneira são abordados com menos rigor na prática presencial, o que leva a considerar que todas as preocupações que existem com a EAD são pertinentes à educação como um todo e não se restringem ao domínio específico de uma modalidade.
Por outro lado, dadas as características geográficas dos pólos atendidos pelo programa, existe um componente sócio-cultural que tem se colocado como um objeto central de preocupação para aqueles que visualizam o esforço do programa como uma abertura para espaços de “afetivação” de pensamento. Esta preocupação está relacionada com a forma concreta que a prática da EAD pode vir a consolidar no médio prazo, podendo inibir ou, ao contrário, potencializar tais espaços como espaços do exercício do pensamento. Obviamente, esta reflexão não surge de uma leitura sobre a configuração operacional na qual o programa se concretiza. Normativas, diretrizes e políticas de implantação pouco tem a dizer sobre a abertura ou fechamento de espaços sócio-culturais de afetivação de pensamento. Uma leitura